Na acirrada disputa pela presidência da Câmara, vale tudo à caça de votos. Na tarde deste sábado de véspera da eleição, com agenda apertada, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) participou de um "Chá das Cinco" com vinte mulheres de deputados novatos em um apartamento na Asa Sul, em Brasília, cedido pela deputada Nilda Gondim (PMDB-PB). Dentre elas, Luciane, esposa de Carlos Marun (PMDB-MS).

Elas não votam, mas acreditam que podem influenciar na eleição. 

“Em campanha tem de se buscar qualquer tipo de ajuda. Nós temos de ir no voto”, justificou Cunha à revista Veja. “A gente acaba participando da mesma forma, mas nos bastidores. Não sou política, mas também participo”, disse Luciane Marun.

Cunha ouviu até reivindicações: “O senhor está lembrando de mim, deputado? E daquilo que eu te pedi?”, questionou Iza Rodrigues, mulher do deputado Remídio da Amatur (PR-RO). Eduardo Cunha, rapidamente, lembrou-se de Iza e de seu pedido: ela propõe que o custeio das passagens das esposas, assim como acontece com os assessores, seja bancado pela Câmara dos Deputados. “Eu moro longe. Não é fácil ser mulher de político. A gente tem de acabar abdicando da nossa vida e acompanhando o marido”, justificou.

Para ela, a opinião das mulheres pode ser decisiva no momento do voto: “O casal tem de estar de acordo. Nós temos sempre uma influência”, diz Iza, que reconhece a boa relação do marido com Cunha, apesar de o PR ter oficialmente fechado com o petista Arlindo Chinaglia, que também disputa a presidência da Câmara.

Leia a matéria de Marcella Mattos, de Brasília, aqui no site da Veja.