Carta do Leitor













Sr. Marco Eusébio. Lendo sua matéria no jornal Folha de Campo Grande (domingo 18 à 24/03) no comentário "Das duas, uma..." achei muito interessante, só não entendi a sua colocação no comentário à respeito do deputado Vander Loubet, que não se encaixa no perfil de candidato, "com cara de um síndico de condominio do que propriamente um politico". Sou síndica de um dos maiores condominios de Campo Grande (Residencial Eudes Costa) e gostaria de saber a sua definição quanto a "cara de um síndico". Parabéns pela matéria. Aguardo a sua resposta.



Cara Francisca (se for Francisa mesmo, desculpe)... Desde quando chefiou a Casa Civil do governo de MS, Vander Loubet é conhecido como articulador político. O perfil de síndico (gestor de um bem comum de uma comunidade, em que este deve cuidar desde a portaria até obras, manutenção, pintura, abastecimento, coleta de lixo etc), que o citado cientista político diz que o eleitor conservador de Campo Grande procura não é nem jamais foi a marca, pública e notória, do parlamentar. Só isso.



  • Francisa de Assis Santos , - MS
  • franciscadeassissantos@gmail.com
  • Síndica






A via republicana Tornou-se senso comum nos tempos atuais, em virtude duma convergência repetitiva que leva a polarizações políticas, clamar por uma terceira via. Nacionalmente, temos o PSDB e o PT duelando como quadros únicos viáveis a disputa presidencial. Em Coxim, 2 grupos políticos reúnem forças há algum tempo: os de Moacir Kohl e Júnior Mochi. Não por mera coincidência, ambos são ex-afilhados políticos do estrategista João Leite Schimidt. Com trajetórias semelhantes, cumpriram a velha sina de criar asas e emanciparam-se daquele que os criou, e hoje, em lados opostos, formam seguidores/companheiros. Porém, no exercício do cargo público, impera uma herança feudal em que os representantes do povo olvidam de sua função, tornando-se meros representantes de si mesmos: vaidade pessoal, apego, usurpação e distorção representam puramente parte da soma deste inventário. E os ideais franco-revolucionários, tão levantados na fundação de nossa república, são fatalmente renegados. A disputa do poder leva os grupos políticos a uma rixa nefasta, em que a oposição faz de tudo para derrubar a situação, mesmo que isto alto custe ao povo. A situação, por sua vez, não tem muitas vezes um projeto de governo, e sim um projeto de poder, usando da máquina para manter-se. Decepcionante, mas real! José Bonifácio e Ruy Barbosa devem rolar em seus túmulos. Em Coxim, a falta de espírito republicano reflete o atual estado da administração municipal. Quase todo o nicho político trabalha por um mau desempenho da prefeita, e assim, sonham com perspectivas de poder. Ao mesmo tempo o povo cansa-se da mesmice e pede uma via independente e alternativa, a “terceira via”. Alguns nomes encarnam este sentimento. Infelizmente, nas poucas vezes em que tal via chegou ao poder, banhou-se e travestiu-se dos caracteres clássicos (vide Fernando Collor), desiludindo os outrora esperançosos. Por outro lado, pela imaturidade política advinda da recente redemocratização, costumou-se votar pelo salvacionismo-populismo. Cabe à sociedade lutar pela melhoria dos instrumentos existentes, tendo consciência de que política faz-se diariamente, com atitude, e é a partir dela que vivemos. Então, parte de nós também a busca por um mundo melhor. --------------- Sobre o autor: Fernando Henrique Fontoura, 24 anos, estudante de Medicina pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro; cronista político e genealogista da família Fontoura.



  • Fernando Henrique Fontoura , Rio de Janeiro - RJ
  • fernandohfontoura@gmail.com
  • Estudante - Medicina - Universidade Federal do estado do Rio de Janeiro


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