O título acima não é meu. É do clássico livro de John Steinbeck, publicado em 1961, um ano antes de ele receber o Prêmio Nobel de Literatura. Que, por sua vez, puxou a expressão da primeira fase da peça Ricardo III, de Shakespeare. Em sua obra, o magistral escritor norte-americano descreve e interpreta o mundo de um homem atormentado pelos dilemas impostos pelo dinheiro e pela moral, o protagonista Ethan Hawley, empregado de uma mercearia, casado, dois filhos, convivendo em uma comunidade de baleeiros, e atormentado pela ideia de melhorar sua vida e a da família. Até onde vão os escrúpulos e a vida digna e honesta quando se trata de conseguir dinheiro? Um ser humano pode suportar a pressão de seu meio social sem romper com a ética da decência?
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Coisa inédita: teremos eleições este ano para as prefeituras e câmaras de vereadores e o grande evento parece coisa sem importância. Compreensível. O Covid-19, esse bichinho invisível, joga todos os outros temas no baú do esquecimento. É claro que, um pouco mais adiante, o pleito estará na mesa dos candidatos, eis que se trata de construir a base do edifício político, composta por 5.570 prefeituras e cerca de quase 60 mil vereadores.
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As crises não se esgotam em tempo marcado. Constituem um fenômeno que perpassa a linha do tempo. Como a água corrente, que descobre as entrâncias e reentrâncias das rochas até encontrar o mar, as crises fluem ao correr das circunstâncias, gerando efeitos maiores ou menores, abrindo rumos, redefinindo caminhos. A crise sanitária, provocada pela pandemia do Covid-19, impulsionará a ação dos governos na trilha da saúde. A crise econômica provocará sequelas sobre os conjuntos sociais, abaixando o índice do Produto Nacional Bruto da Felicidade. Servirá de alerta. E a crise política já começa a deixar nossos representantes de "barba no molho".
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Só agora, depois de perderem ou se afastarem temporariamente de seus empregos por conta da quarentena do Coronavírus, muitas pessoas estão se dando conta de como eram bons os seus trabalhos, suas rotinas e responsabilidades diárias mesmo com suas cargas horárias quase sempre extrapoladas para poderem cumprir suas metas e objetivos nas empresas. Descobrem que eram felizes e não sabiam. Sentem falta até do acordar cedo; do enfrentamento do conturbado trânsito para entrar no corre-corre dos ambientes de trabalho no comércio, indústria e serviços.
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Nesses tempos de medo e depressão, chovem platitudes e truísmos, na esteira de profetas, videntes e assemelhados que se multiplicam por todos os quadrantes: "depois da pandemia, o mundo será mais solidário", "veremos avanços nas áreas das ciências", "os países serão menos globalistas e mais protecionistas" etc.
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Segundo Joe Dispenza, neurocientista e escritor de “Quebrando o Hábito de Ser Você Mesmo”, primeiro se pensa e depois se sente. Essa repetição entre pensamento e sentimento forma uma sinapse neural poderosa que define quem as pessoas são de verdade. Esse inconsciente comanda de forma natural 95% das ações cotidianas como escovar os dentes, respirar, andar de bicicleta, entre outras.
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Ponto um: o Estado nas democracias ocidentais foi surpreendido pelo Covid-19 e, com exceção de uma ou outra Nação, tem se mostrado incapaz de dar respostas mais urgentes à pandemia. O Estado liberal e o Estado do bem-estar social estão no banco dos réus. Ponto dois: a China, que teria sido o nascedouro do vírus, deu respostas mais eficazes ao massacre pandêmico, em função da rigidez das ordens emanadas pelo poder central - o partido comunista -, e acatadas pela população. O Estado-autoritário, até o momento, está na vanguarda dos feitos positivos da guerra.
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Fechar não é parar! Foi o que nós da Associação Comercial dissemos insistentemente aos mais de 8 mil associados da entidade na semana em que o comércio parou. Mesmo sem saber o que aconteceria e por pior que parecesse o cenário, de uma coisa tínhamos certeza: não era momento de desespero, e sim, mais uma vez, de contribuição.
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Há muitas questões no ar e qualquer previsão sobre o amanhã será uma precipitação. Mas a cadeia de eventos que se sucedem nesses dias de medo e até pânico permite, desde já, que se façam inferências razoáveis. Por exemplo, o mundo do trabalho se regerá por novas convenções, com parcelas das atividades sendo desenvolvidas em casa, sem mais necessidade de deslocamentos de alguns tipos de profissionais para antigos escritórios. O impacto será forte na esfera de salários e emprego.
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